Muito mais do que a torcida do Santos, a turma da terceira idade sente falta da atuação regular do "GANSO".
BLOG DO AO
Nossa intenção é disponibilizar variados assuntos e notícias. Tais notícias versarão sobre coisas do cotidiano, comentários políticos, pesca, culinária, notas sobre o legislativo ilheense, artigos esparsos e matérias constantes de livros, que pretendo publicar.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
ESTRATÉGIAS DE CAMPANHA
Há cerca de um mês escrevi uma
matéria sobre “Estratégias – Defesa e Campanha”. Na ocasião focalizei o costume
dos habitantes das antigas cidades de construir fortes muralhas no seu entorno,
visando protege-las do ataque de hordas estrangeiras.
Focalizei, também, os caminhos
que deveriam tomar a Frente Unificada e o PT, visando tornarem-se competitivos
em relação ao candidato Jabes – praticamente imperdível, à época. A situação
agora está bastante mudada. A frente unificada desfez-se por completo. O
candidato mais forte da “frente” passou a integrar a chapa de Jabes como
vice-prefeito. Aparentemente tal adesão
tornaria a candidatura Jabes muito mais fácil, porém a grande verdade é que a
grande maioria dos eleitores de Cacá votava nele em razão de ser um candidato
de oposição a Jabes. Passando para o seu
lado (de Jabes) Cacá perdeu substância e autenticidade. Entendo que comprometeu
seu futuro político e contribuiu para que a “Frente” já desfeita, se
recompusesse com mais vigor. A desistência da candidatura de Ângela para compor
com Carmelita foi um passo importantíssimo para tornar o “páreo” mais
equilibrado. Ruy Carvalho e outros lideres importantes, além de partidos
políticos de expressão engrossaram as fileiras da nova Frente, tornando-a bem
mais consistente. Como falei na matéria com o título “ASSIM FALOU ZARATUSTRA” a
eleição para prefeito em Ilhéus tornou-se maniqueísta ou dualista. Trava-se, no
campo municipal, a luta de Ahaura Mazda ou Ormuzd contra Arihmã, personificando
o bem contra o mal. Saliento que não estou classificando especificamente
qualquer dos grupos como a encarnação do bem ou do mal. O eleitor, entretanto,
como na religião conhecida como Zoroastrismo, entenderá sua opção como a do bem
e a antagônica como a encarnação do mal.
Com a realização das convenções
os quadros partidários com o estabelecimento das coligações estão bem
definidos. A grande distância anteriormente existente está grandemente diluída.
A campanha mais inteligente, mais bem estruturada e com militância mais ativa,
tem tudo para prosperar. O trabalho das coordenações fará o diferencial, aliado
às mensagens dos candidatos. O chamamento da população para colaborar na
campanha e no projeto de governo serão decisivos para um bom resultado. A
população está consciente da necessidade de mudanças radicais. Maior combate à
pobreza, educação voltada para o mercado de emprego regional, mais segurança e
tributação mais justa são itens que têm que ser levados em conta, se quisermos
sair da mesmice e não ficar tão dependentes dos repasses estaduais e federais.
Ninguém acredita mais nos Mandrakes e Merlins, que usando vara de condão
transformam chumbo em ouro. Tratar com seriedade as coisas públicas é o mínimo
que se espera de um gestor público.
Além do mencionado faz-se
necessário uma maior conscientização da população, no sentido de votar em
candidatos da cidade, para cargos de deputado estadual e federal. A cidade não
tem como reivindicar e conseguir coisas importantes dos governos estadual e federal
se não tiver seus próprios representantes nas casas legislativas (estadual e
federal). Em todas as eleições aqui realizadas votamos em mais de quatrocentos
candidatos de fora. Até mesmo naqueles querem se apossar de áreas importantes
do nosso município ou que recebendo milhares de votos aqui arranjam TRINTA E
OITO MILHÕES DE REAIS PARA OBRAS EM ITABUNA e nada para Ilhéus sob alegação de
que não apresentamos projeto. Coisas desse tipo devem pesar na hora de
escolhermos em quem votar. Vamos aguardar a atuação dos grupos e as estratégias
adotadas, torcendo para que a população desta vez acerte. Lembrem-se o erro ou
o acerto recaem sobre nós mesmos. Escolha certo ENTRE O BEM E O MAL. Não há
outra saída.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
ASSIM FALOU ZARATUSTRA
Com este título o famoso filósofo
alemão Nietzsche escreveu um livro, que após traduzido, foi publicado pela
Editora Companhia das Letras, de São Paulo.
Zaratustra ou Zoroastro teria
nascido na Pérsia, no século VI- A.C., e foi o reformador da religião conhecida
como mazdeísmo – antiga religião da Média. Tal religião – O ZOROASTRISMO - caracterizava-se
por dois princípios supremos – O BEM E O MAL. Este sistema religioso-filosófico
repousa no postulado básico de uma contradição dualística, a do bem e a do mal,
inerente a todos os elementos do universo.
O ZOROASTRISMO prescreve a fé em
um único deus, AHAURA MAZDA ou ORMUZ. Tal divindade seria o criador e guia
absoluto do universo. Dele emanam, seis espíritos, os Amesas Spenta, Vohu-mano,
Asa-Vahista, Khsatra Varya, Spenta
Aramaiti, Haurvatat e Amertat, que juntamente com AHAURA MAZDA, travam luta
permanente contra o princípio do mal, ANGRA MAINYU, ou ORIMÃ, que por sua vez
se faz acompanhar por entidades demoníacas: mau pensamento, mentira, rebelião,
mau governo, doença e morte.
Desse modo AHAURA MAZDA,
auxiliado pelos seis espíritos do bem, trava luta permanente contra o mal,
personificado por ANGRA MAINYU e as entidades demoníacas. Embora AHAURA MAZDA
seja um deus único ANGRA MAINYU encarna as forças do mal e por isso recebe
combate permanente das forças do bem. Embora os indivíduos tenham liberdade
para decidir-se pelo mal poderão vir a ser castigados após a morte, enquanto os
praticantes e seguidores do bem tornam-se merecedores de recompensas divinas.
Como se pode observar o Zoroastrismo era uma religião maniqueísta que indicava
apenas dois caminhos a seguir, o do bem e o do mal, sendo que o bem sempre
triunfaria.
Sem querer aprofundarmo-nos na
análise de tal religião, nem mesmo compará-la com qualquer outra existente,
parece-nos que a população de Ilhéus está na eminência de converter-se, em sua
totalidade, ao ZOROASTRISMO. Também não queremos apontar onde estariam
localizadas as forças do mal e as do bem. Dotados de livre arbítrio, os
ilheenses terão que escolher, nas próximas eleições, sem outras opções viáveis,
entre Jabes e Carmelita. A cada eleitor caberá avaliar o que é melhor para a
nossa cidade, levando em consideração quem encarna as forças do bem e as do
mal.
AFINAL DE CONTAS ILHÉUS
CONVERTEU-SE AO ZOROASTRISMO. ASSIM
FALOU ZARATUSTRA.
terça-feira, 19 de junho de 2012
A SALAMANDRA DE OURO
Há cerca de sessenta anos
assisti, no quase centenário Cine Teatro Ilhéos, o filme intitulado A Salamandra de Ouro, que inspirou-me a
escrever a matéria de hoje. Lembro-me, ainda, que foi estrelado pelo talentoso
ator inglês Trevor Howard, personificando um famoso professor de paleontologia
da vetusta Universidade de Oxford. O aludido professor defendia a tese da
existência de uma antiga civilização na região da Germânia, que teria
desaparecido em razão de violento abalo sísmico, ocorrido antes do
estabelecimento de civilizações europeias bem antigas, tais como: grega,
minoica, etrusca, celta, burgúndia, huna, visigótica, gaulesa, etc. Segundo o
respeitável mestre as edificações estariam soterradas há aproximadamente trinta
metros de profundidade, nos limites da antiga Germânia com as fronteiras do
antigo Império Romano. Tal tese, defendida com brilhantismo e entusiasmo pelo
renomado paleontólogo, encontrava defensores entusiastas entre seus alunos,
colegas universitários, cientistas e, até, entre ricos empresários ingleses.
Desse modo não foi difícil encontrar apoio oficial e patrocínio para organizar
uma expedição exploratória. O grupo estabeleceu-se num sítio próximo a possível
localização da antiga civilização perdida, situado no subúrbio de uma cidade
importante. Logo depois de estabelecidos começaram a realizar as escavações,
encontrando os primeiros vestígios há cerca de vinte metros de profundidade.
Todas as peças, à medida que iam sendo encontradas, eram devidamente recolhidas
e catalogadas. Entre as peças a mais importante era uma escultura em ouro de
uma salamandra. Tal peça continha uma inscrição em um idioma não conhecido.
Logo o mestre iniciou pesquisas objetivando traduzir a inscrição, valendo-se
dos seus conhecimentos de sânscrito, das escritas cuneiformes, hieroglíficas e
outras bem antigas. Chegou mesmo a deixar as pesquisas de campo a cargo de
substitutos para dedicar-se integralmente à tradução. Numa dessas noites de
pesquisa presenciou acidentalmente um assassinato cometido numa casa fronteiriça
ao prédio onde estava albergado. Pensou imediatamente em procurar a polícia
local e fazer a denúncia, porém imaginou que tomando tal atitude perderia o
foco de seu importante trabalho, além de enfrentar a possibilidade de incompatibilizar-se
com alguma organização criminosa, patrocinadora do crime que presenciara.
Alguns dias depois da ocorrência,
o veículo que o transportava até o local das escavações perdeu os freios e
quase despencou num precipício. Posteriormente descobriu-se que o acidente foi
provocado por alguém, que teria mexido no mecanismo dos freios. Logo depois
desse acidente aconteceu outro; o desabamento de uma galeria, que despencou
sobre o professor e alguns operários, quase os vitimando. Concomitantemente, a
inscrição da salamandra foi traduzida. Significava: “NÃO SE COMBATE O MAL
IGNORANDO-O E SIM ENFENTANDO-O”. Após refletir longamente sobre o significado
da inscrição o professor resolveu tomar nova atitude. Procurou a polícia local
e forneceu todas as informações sobre o crime que presenciara, proporcionando
condições para seu esclarecimento completo. Além do referido crime o grupo
criminoso tinha sido responsável por grande número de outros eventos do gênero.
A lembrança com detalhes do filme
A Salamandra de Ouro fez-me pensar
sobre algumas coisas importantíssimas do quotidiano que não damos a devida
atenção. Determinados assuntos que diretamente não nos afetam deixamos de lado
ainda que sejam altamente danosos a outras pessoas. Antes de nos omitirmos em
face de tal tipo de problema devemos levar em conta que a ocorrência poderia
ser conosco ou com alguém da nossa família. Se tomarmos consciência de que é
obrigação do cidadão participar das coisas que acontecem em sua comunidade
jamais deixaremos de combater o que considerarmos errado. O que é errado, ainda
que não nos afete diretamente em determinado momento, fatalmente nos atingirá
em futuro próximo e aí já será tarde para remediar o mal.
Estamos tratando deste assunto
porque estão se aproximando as eleições, época em devemos exercer com sabedoria
(não é esperteza) o nosso direito de voto. Ao exercitarmos tal direito devemos
levar em conta o interesse público. Votar por mera simpatia ou pela expectativa
de receber algum favor é algo de muito errado. Em tais casos estaremos
colocando nossa conveniência pessoal acima do interesse geral. Analisem a
situação da nossa cidade. Vejam como está a arrecadação. Quanto está devendo em
razão de obras contratadas com preços superfaturados, de precatórios
trabalhistas oriundos de demandas fabricadas por governantes com pouco
escrúpulo ou despreparados, de obrigações fiscais (INSS, FGTS, PIS/PASEP)
oriundas de obras contratadas com empresas inidôneas. Neste último caso
empresas que não recolheram obrigações fiscais e o município foi obrigado a
assumi-las, como contribuinte substituto. Além de tais fatos, altamente danosos
ao interesse público, somem-se as perdas de PETROBRAS, BRASILGÁS, etc., etc.,
etc. Não bastasse tudo isto leve em consideração o fato de que Ilhéus está sem
representação (pelo menos a que poderia e deveria ter) na Assembleia
Legislativa e na Câmara Federal, há bastante tempo. Enquanto isto ocorre uma
verdadeira legião de estrangeiros pesca nossos votos, inclusive alguns que
querem usurpar parte do nosso território.
Pense bem nisto. Não se omita.
Seu voto e seu trabalho de conscientização dos amigos e das pessoas sobre quem
você exerce influência são importantíssimos para mudar o quadro que
infelizmente instalou-se na nossa pobre cidade.
Lembrem-se da inscrição existente
na SALAMANDRA DE OURO – NÃO SE COMBATE O MAL IGNORANDO-O E SIM
EMFRENTANDO-O. O futuro de nossa
terra depende exclusivamente de cada um de nós. Não se omita. Você é muito
importante.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
IMPRENSA ou EM PRENSA
Quando falamos imprensa
referimo-nos especificamente a jornalismo – em, todas as suas formas: jornais, revistas,
televisão, rádio ou INTERNET. Seu papel é informar exatamente o ocorrido, sem
qualquer tipo de interpretação pessoal. É como se fora uma fotografia
tridimensional, tirada com lente grande angular. Abordar o fato em parte,
escamoteando algum detalhe, ocultando, adicionando ou mesmo dando ao mesmo
algum tipo de interpretação pessoal não é correto. Por outro lado, sabemos ser
muito difícil, quase impossível, excluir do ser humano a pessoalidade. Ainda
que sutilmente tendemos a enxertar nos fatos que descrevemos algo da nossa
emoção (em alguns um pouco mais ou menos). Isenção absoluta é quase impossível.
O ser humano é emocional e a emoção, quase sempre, prepondera sobre a razão.
Não custa, entretanto, esforçarmo-nos para corrigir este defeito, especialmente
quando estivermos exercendo a função de informar. É como se fossemos testemunha
de determinado fato que estivesse sobre julgamento e que a sentença tivesse que
basear-se no nosso depoimento. Informar, pois, exatamente o que ocorreu é o
papel de quem exerce o jornalismo informativo. Agir diferentemente é desservir
à informação. A imprensa é a grande formadora de opinião e sempre será. Não
custa aos profissionais do ramo adotar o comportamento adequado.
Muitas vezes, entretanto, nos
deparamos com um quadro inteiramente inverso. Ao sabor da interpretação do
profissional a notícia é levada ao público de modo destorcido, escamoteado e,
até mesmo, omite-se o fato no todo ou parte. Tal tipo de procedimento não é
correto e não caracteriza atitude jornalística e não é novidade. Há tempos
imemoriais o expediente da distorção ou omissão dos fatos vem coexistindo com a
espécie humana – infelizmente. É que muita gente coloca o interesse pessoal
acima de tudo. Levar vantagem é o lema desse tipo de gente. “É O GANHAR NEM QUE
SEJA HONESTAMENTE”. O pior de tudo isto é que existem indivíduos que se alugam
a quem pagar melhor pelo “serviço” que prestam ou se comprometem a prestar.
Nossa cidade não foge à regra. Aqui existem os bons e maus profissionais da
comunicação (jornalistas, radialistas, etc.). O problema é que boa parte do
nosso povo não sabe diferenciá-los.
Às vezes vemos determinadas rádios,
jornais, blogs, redes sociais, etc., falarem bem de determinado político ou de
determinada administração e, até mesmo, de determinada empresa e de inopino
mudarem de orientação. Tal fenômeno ocorre em relação aos veículos de
comunicação bem como a alguns profissionais da área. Quando a mudança ocorre em
razão de desvio de conduta das personalidades ou das empresas focadas, tudo bem
é coerente. Todavia quando a coisa muda ao sabor das conveniências econômicas
de determinados grupos ou de profissionais que a integram, aí está a grande
distorção. Isto não é imprensa. É (sem eiva de qualquer dúvida) EM PRENSA. Na
maioria das vezes em que tal fenômeno ocorre, podem observar, a motivação é
econômica ou política. No último caso, alguém está pagando mais ou existe
efetiva chance de mudança no quadro político. Surgindo aí a oportunidade da
“empresa” ou o “profissional” alugar-se por preço maior.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
CARROSEL
“Existem criaturas que nascem com
a alma vestida de libré, porque trouxeram para a vida o destino dos lacaios.”
Esta frase ou citação é de autoria do grande criminalista ROMEIRO NETO e foi
proferida durante a defesa que fez de Hebe Mascarenhas de Morais no Tribunal do
Júri do Rio de Janeiro. O brilhante advogado criminal referia-se a boa parte da
imprensa nacional que tomara partido em favor da vítima – filho do General
Mascarenhas de Morais. Segundo o causídico tais jornalistas tomaram tal atitude
em razão de interesses econômicos ou simplesmente para bajular PODEROSOS.
Tal tipo de procedimento –
bajular poderosos ou tomar posições visando exclusivamente interesses
econômicos – é coisa oriunda da mais remota antiguidade. Igualmente em relação
à aqueles que se alugam para lutar por outros países ou mesmo prestar outros
serviços, ainda que menores. Nos tempos do Império Romano tornaram-se famosos
os PUBLICANOS. Indivíduos que se alugavam aos políticos (cônsules, edis, questores,
censores etc.) para aplaudi-los em praça pública, durante seus pronunciamentos,
fossem de algum conteúdo ou um amontoado de asneiras. Esse tipo de gente foi sabiamente
apelidado de “varejeiras ou moscas do poder”. Eles, infelizmente, ainda existem
em grande quantidade e proliferam-se rapidamente, como o mosquito da dengue.
Combatê-los é o dever de cada cidadão. Não adianta, entretanto espantá-los ou escorraçá-los,
simplesmente, pois outros tomarão seus lugares. Temos que combater os corruptos
– o verdadeiro mal.
Quando estive em Portugal, em
1995, a convite da Câmara de Vereadores de Freguesia da Foz do Douro, o país
estava em plena campanha política e tive o ensejo de ver, estampada em “Outdoor”
uma propaganda super inteligente. Aparecia um monte de merda e sobre ele,
pousadas ou esvoaçando em seu entorno, um enxame de moscas. Acima, em letras
garrafais, estavam grafadas as seguintes palavras. “NÃO ADIANTA ESPANTAR AS
MOSCAS É PRECISO ELIMINAR A MERDA”.
Nunca foi tão atual e necessário
atender tal apelo. É muito natural que boa parte dos profissionais de
comunicação tomem partido pelos que estão mais fortes e com verdadeiras
possibilidades de ganhar as eleições. Afinal são empresários e vislumbram a
possibilidade de virem a ser contratados pelos vencedores do pleito. Enxergam a coisa simplesmente pelo prisma
comercial e esquecem-se de que são cidadãos – ou que deveriam ser. Entendo que
nosso país, nosso estado e nossa cidade necessitam progredir, em todos os
sentidos especialmente na educação - que
é a melhor maneira de diminuir as distâncias sociais. Desse modo não custa nada
refletir sobre o tema. Exerçamos nossa cidadania. Sei que é duro ignorar o
existencial, especialmente quando falta o prato de comida. Mas nunca é tarde
para fazer um esforço e sacrifício, quando isto pode contribuir para a melhoria
de todos. Nossos filhos e netos estão incluídos nesse grupo – TODOS.
Estes tópicos, aparente
desconectados, ajustam-se perfeitamente quando pensamos seriamente no nosso
futuro. Não adianta episodicamente levarmos algum tipo de vantagem em
detrimento de outros. Precisamos viver sem grandes discrepâncias e tudo depende
de nós.
Vamos ajudar nossa cidade a
manter limpas as ruas, fazendo nossa parte e cobrando da administração
municipal o que lhe incumbe. Sei que isto somente não basta.
Ao invés de simplesmente
“espantar as moscas vamos eliminar a MERDA” – EM SENTIDO BEM AMPLO.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
FINAL – PRECATÓRIOS
Excessivamente badalado e
comentado por muitos – até mesmo por alguns que nada entendem do assunto e
outros que fazem questão de escamoteá-lo – tal assunto será por mim tratado
pela última vez. Aliás, não fui pioneiro na abordagem. Quando tratei do assunto
pela primeira vez fi-lo em resposta ao ex-prefeito Jabes Ribeiro, que pretendia
passar à população a ideia de que eu teria sido o grande responsável pela sua
origem e, mais do que isto, esta seria a grande e única causa da crise econômico-financeira
do município de Ilhéus. Esta minha nova abordagem sobre tal assunto se deve ao
fato de, na semana passada, o ex-prefeito ter usado o microfone da Rádio Santa
Cruz para outra vez retornar ao assunto, querendo imputar-me culpa pelo multi-referido
fato.
PARA SANAR QUALQUER DÚVIDA
Para evitar que qualquer pessoa
fique a indagar ou estabeleça qualquer dúvida sobre o assunto. Afinal quem está
mentindo ou falando a verdade? Os processos que originaram os precatórios, e eles
próprios estão arquivados na Justiça do Trabalho de Ilhéus e podem ser
acessados pela Internet, por qualquer pessoa, desde que indiquem o número (s)
do processo(s) ou o nome das partes – do reclamante (s) e da Prefeitura
Municipal de Ilhéus. Neles vocês terão todas as informações necessárias: data
da reclamação; objeto do pedido, notificação; contestação ou revelia;
sentença(s); recurso(s); liquidação; cálculos, etc. Enfim todos os atos
processuais. Desse modo não caberão interpretações, pois a verdade exata estará
devidamente consignada em cada processo. Os interessados poderão constatar
pessoalmente quem é o MANDRAKE.
PARA AVIVAR A MEMÓRIA
Embora existam vários precatórios
com origens diversas os que teem sido objeto das “conversas” resultam de três fontes
principais:
1ª – Na administração João Lyrio,
através de um decreto, os proventos (salários) dos exercentes de cargos de
confiança foram congelados. No fim do período administrativo (dezembro de 1992)
o prefeito mandou calcular a diferença entre o que recebeu no período e o que
receberia sem o congelamento. Apurado o “quantum” por processo administrativo,
recebeu a diferença na “boca do caixa”. Todos os demais funcionários atingidos
pelo decreto “do congelamento” foram à Justiça;
2ª – O decreto lei 180 estabelece
que os detentores de cargo de confiança, podem ter seus subsídios aumentados em
até 150% desde que o prefeito lhes conceda tal beneficio. Os percentuais podem
variar de 40 a 150%, desde que o beneficiário seja submetido a regime de
dedicação exclusiva e tempo integral (ficar a disposição do emprego sem
desenvolver qualquer outra atividade remunerada). Quando do congelamento dos
salários o prefeito compensou os atingidos com tal benefício. Ao receber a diferença
o prefeito ensejou condições aos que exerciam cargos de confiança a reclamar na
Justiça a diferença do congelamento dos subsídios (salários) e também da
diferença resultante do decreto 180;
3º - Existia uma lei municipal
que atribuía ao servidor municipal estatutário estabilidade financeira; “Aquele
que durante cinco anos consecutivos ou dez intercalados ocupasse cargo (s) de
confiança, ao perdê-lo, faria jus aos proventos (salários) do maior cargo que
houvesse ocupado”. Durante o governo de João Lyrio apenas Paulo Goulart e
Gilvan Tavares tinham recebido tal benefício, porém depois da eleição onde
Jabes foi derrotado por este escriba, quase todos os celetistas (não estatutários)
fizerem requerimento solicitando a concessão do referido benefício. O prefeito
mandou ouvir a procuradoria municipal, que opinou favoravelmente às pretensões
dos interessados sob o argumento de que não deveria haver discriminação entre
os estatutários e os celetistas. O prefeito, acatando o parecer e recebendo-o
como PARECER NORMATIVO, deferiu todos os requerimentos. Saliente-se que tais
decisórios ocorreram já no fim do mês de dezembro de 1992 – último mês da
administração que me antecedeu;
Ao assumir cancelei, por decreto,
os benefícios concedidos aos celetistas à guisa de estabilidade financeira. Todos
eles e os outros que não tinham requerido ingressaram com reclamações na
Justiça do Trabalho e obtiveram ganho de causa em todas as instâncias. Quando
os processos entraram em execução e originaram os precatórios eu já não estava
no governo, de modo que os sucessores é que “pegaram o abacaxi”.
Este assunto, já por demais
badalado, poderia ter sido esclarecido há bastante tempo. O vereador Tarciso
chegou a fazer um requerimento (quando Jailson era presidente da Câmara)
pedindo para que eu, João Lyrio e Jabes fossemos ouvidos – o que ensejaria os
esclarecimentos de forma pública. A morte de João Lyrio contribuiu para a perda
de motivação e a Câmara não insistiu na ouvida dos que continuaram vivos.
Confesso que, de algum modo o comentário sobre o assunto, é desagradável para
mim, pois o principal atingido já morreu. Consequentemente não pode dar sua
versão ou verdade. Os fatos, porém são incontestáveis e se encontram no corpo
dos processos da Justiça do Trabalho, à disposição de todos os interessados. A
verdade está ali. Quem tiver interesse em saber exatamente a verdade é
compulsá-los nos processos da Justiça do Trabalho de Ilhéus. A versão do
MANDRAKE é fantasia.
No ensejo comunico que não
responderei sobre este assunto a qualquer “simpatizante” de Jabes, a não ser
que seja legalmente constituído procurador.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
O PETRÓLEO É NOSSO
Embora tivesse grande evidência
após ser pronunciada por Getúlio Vargas, quando da descoberta de petróleo na
Bahia, a frase do título desta matéria é de autoria de Otacílio Rainho
(professor do Colégio Vasco da Gama, R.J).
Um dos primeiros brasileiros a afirmar que o Brasil possuía petróleo foi
o escritor Monteiro Lobato. Um dos mais ardorosos defensores dessa tese foi o
nosso ex-prefeito (o melhor deles) Eusínio Lavigne. Foi dessa gloriosa campanha
que nasceu a PETROBRÁS, em 1953, no governo de Getúlio Vargas. Outro grande
entusiasta do petróleo foi o nosso querido e saudoso Demostinho que prometeu
tomar um banho de petróleo, quando jorrasse do primeiro poço aberto em Ilhéus.
Infelizmente morreu sem pagar sua promessa, porém sabemos, com certeza, da
existência do precioso líquido nas águas do nosso mar territorial. A exploração
comercial ainda não começou em razão (segundo
dizem) que os poços não são de grande capacidade. Entretanto com os
preços acima de cem dólares o barril, em breve estaremos em plena exploração,
pois compensa o investimento em termos de retorno. Até lá vamos enfrentando
nossas dificuldades financeiras. Precisamos, todavia, de governantes sérios e
competentes – a escolha certa depende de nós.
Quando assumi o governo
municipal, pela primeira vez, Ilhéus sediava o Terminal Marítimo Almirante
Gonçalves, que distribuía para toda região derivados de petróleo (diesel,
gasolina, querosene, gás liquefeito, etc.). Embora ainda não rendesse ICMS ou
qualquer outro tributo – só incidia o IMPOSTO ÚNICO SOBRE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS
E GASOSOS, IMPOSTO EXCLUSIVAMENTE FEDERAL- a movimentação econômica gerada pela
atividade de vendas, fretes, depósitos bancários, movimento de restaurantes,
etc., era muito importante para a cidade. Nesse período comecei a participar de
uma série de encontros dos municípios que sediavam TERMINAIS E TANCAGEM DE
COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GAZOSOS, objetivando obter participação de 0,5 % da
parte da União a ser distribuído entre estes municípios, proporcionalmente como
base na área empachada (ocupada pela tancagem ou pelos oleodutos, no movimento
econômico e no dano causado pela poluição e riscos de grandes hecatombes).
Fizemos diversos encontros (inclusive em Ilhéus), porém o governo federal não
atendeu nossas reivindicações. Posteriormente o IUSCLG foi postergado,
substituído pelo ICMS.
O PREJUIZO DE ILHÉUS
Antigamente nosso prejuízo era
resultante de desgaste de pavimento, poluição e perigo de acidentes. Depois da
mudança de imposto Ilhéus poderia ter enorme receita de ICMS., se o terminal
continuasse ativado. Ocorre que o nosso prefeito (à época) Jabes Ribeiro
encaminhou um memorial à Presidência da República e ao Presidente da Petrobrás
(com abaixo assinada pelas principais entidades civis-exceção da OAB, subsecção
Il e da Loja maçônica Vigilância e Resistência – exigindo que o terminal fosse
transferido para as proximidades do Distrito Industrial, perto do rio
Itacanoeira, alegando a possibilidade de incêndio de grandes proporções, que
destruiria o bairro da Cidade Nova e adjacências. Na época eu fui com o
deputado federal Jorge Viana conversar com Dr. Shigeaki Ueki (presidente da
Petrobrás) sobre a possibilidade de o terminal não ser desativado. O presidente
nos exibiu o documento (memorial de Jabes) e disse, taxativamente: “Impossível,
foi o próprio prefeito de vocês que exigiu a retirada do terminal”). Não houve
contra argumento capaz de demover o presidente e Ilhéus perdeu o terminal para
Jequié e parte para Itabuna (que se apressou em desapropriar uma área de 50
hectares e colocar à disposição do referido órgão. Qualquer dúvida sobre o
assunto, estou à disposição para esclarecimentos. Aliás tomo a liberdade de
sugerir que procurem o Dr. Jorge Viana para
informações mais detalhadas , eis que sua ação não parou na entrevista
relatada; continuou a batalhar, sem sucesso, para reverter o quadro, contando
com sua grande influência no governo federal. Isto sem falar no interesse de grandes empreiteiras na realização
da nova obra, cujo preço ultrapassaria os CINQUENTA MILHÕES DE DÓLARES.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
ZPE
O ex-deputado federal Jorge Viana
era grande amigo do também deputado e ministro, Dr. Roberto Cardoso Alves,
fundador do CENTRÃO. Nessa época era presidente da república o atual senador
José Sarney, grande amigo de Robertão (como era conhecido). Além do
conhecimento pessoal com o presidente, a amizade com Robertão contribuiu para
que Sarney incluísse Ilhéus na lei que criou
as ZPE’s no Brasil. O prefeito, na época, criou a CIMAZE, autarquia municipal
encarregada de gerir a ZPE, publicou edital de licitação para a escolha de
empresa ou grupo (consórcio) que a administraria (a ZPE). O assunto foi muito
badalado na imprensa local e estadual, sendo que tanto o governo do estado
quanto o municipal proclamavam-se “pais da criança”. Diziam que a ZPE geraria
vinte mil empregos, o que levou habitantes de pequenas cidades da região
cacaueira a deslocarem-se para nossa cidade, invadindo áreas como “Rua da
Palha”, atual bairro N.S. da Vitória, parte do Teotônio Vilela, Nelson Costa (Rua
da Mangueira), etc. Como não poderia deixar de ser, estas invasões provocaram
uma série de problemas em cadeia (violência, prostituição, tráfico de drogas e
outras atividade marginais), pois os empregos não surgiram e a administração
municipal não dispunha de recursos suficientes para montar a infraestrutura
necessária. Tais problemas sobrevivem até hoje, sem solução, exceção de pequena
parcela aquinhoada pelos programas sociais do governo federal e atualmente pelo
“Minha Casa Minha Dívida – digo Vida”.
O essencial mesmo não foi
cumprido pela administração municipal – não apresentou projeto nem adquiriu o
terreno para a instalação. O então deputado Jorge Viana tudo fez para conseguir
do município o cumprimento das exigências principais (projeto e terreno), mas a
administração municipal e o governo do estado só estavam interessados em
apresentarem-se como “pais da criança”. O próprio Jorge conseguiu com Joaquim
Cardoso (Superintendente da CEPLAC) os dados essenciais para a composição do
projeto, mas a administração municipal cuidou de não cumprir sua tarefa.
Resultado – a ZPE não saiu do papel.
Agora reina na cidade a
expectativa da efetiva instalação da “nova” ZPE. Outro grupo ganhou a
concorrência para sua implantação e exploração. A área foi-lhe destinada e
algumas obras foram realizadas. Atualmente estão interrompidas. Não quero
colocar-me aqui como “O VELHO DO RESTELO” ou como agourenta Cassandra, que
duvidavam de tudo e achavam impossível conseguir-se sucesso em empreendimentos
sonhados pela maioria. Espero estar
completamente enganado. Entretanto sou obrigado a analisar a situação com a responsabilidade
de quem foi prefeito por duas vezes, deputado estadual, professor de algumas
gerações, venerável de loja maçônica, advogado de enorme clientela, pai e avô.
Afinal de contas eu não posso ser leviano, tenho obrigação de ser coerente e
dar bom exemplo.
A atual crise financeira mundial
não anima a maioria dos empresários a fazer novos e grandes empreendimentos.
Por qual motivo alguém investiria pesado para fabricar produtos sofisticados
para exportação, num país de mão-de-obra tão cara, de legislação trabalhista
tão protecionista e de tributos tão elevados? Repito queira em Deus que eu esteja
inteiramente equivocado. Meu vaticínio, entretanto, é desanimador.
A ZPE NÃO SAIRÁ DESTA VEZ. A
grande oportunidade foi perdida quando a administração municipal preocupou-se
exclusivamente em tirar proveito eleitoral esquecendo-se de promover os meios
necessários à sua efetivação. Daqui exalto o trabalho de Jorge Viana, quando
deputado, buscando coisas importantes para a nossa cidade e para a região
cacaueira. Vejam quanta fata faz um bom representante. Lembrem-se disso quando
forem escolher seus representantes. Prefiram sempre as pessoas da sua terra,
pois elas teem obrigação de trabalhar por nós. Vejam o que aconteceu
ultimamente. O deputado federal mais votado em Ilhéus foi Mário Negromonte
(mais de 5.000 votos) e que foi Ministro das Cidades. Nenhuma verba destinou a
nossa Cidade, porém consignou e repassou a Itabuna R$. 38.000.000,00 (trinta e
oito milhões de reais) que estão sendo utilizados na macro drenagem do canal da
Avenida Amélia Amado (cobertura de canais e drenagem). Lembrem-se – O PIOR DAQUI
É MELHOR QUE QUALQUER UM DE FORA. Você tem, pelo menos a oportunidade de xingá-lo.
O de fora você nem vê.
Amanhã falarei sobre a saída da
PETROBRÁS.
PRECATÓRIO
PRECATÓRIO
Muito tem sido falado sobre
precatório. Grande parte absolutamente errado em razão de alguns políticos
pretenderem isentarem-se de responsabilidade atribuindo culpa a outros. Há
também casos que quem comenta o assunto desconhece por inteiro seu significado,
ou por absoluta má fé. Objetivando esclarecer por inteiro tal assunto vamos, de
forma bem clara explica-lo e, ainda, colocarmo-nos à disposição dos
interessados para dirimir qualquer dúvida que eventualmente venha surgir. Isto
faremos através do meu, deste, e de qualquer outro blog que queira publicar a
matéria.
EXPLICAÇÃO SOBRE O SIGNIFICADO
De toda decisão de ação proposta
contra a União, Estado ou Município, que resulte em condenação, após trânsito
em julgado da sentença, inicia o processo de execução da sentença. Caso tenha
havido condenação pecuniária a parte perdedora deve liquidar o débito,
pagando-o. Nem sempre isto acontece o que leva o tribunal (estadual ou federal,
da justiça do trabalho, da justiça cível ou justiça federal) a intimar o
devedor (município, estado ou união) a consignar nos seus respectivos
orçamentos verba especial para quitar tal débito. Isto ocorre porque os bens
públicos não podem ser penhorados, diferentemente do que ocorre com os
devedores comuns. Após cumprida a formalidade da inserção no orçamento da verba
consignada especificamente para a liquidação do(s) débito(s), o devedor deve
colocar à disposição do credor ou do órgão
solicitante a importância correspondente. No caso de vários credores
municipais a ordem de preferência dos precatórios deve obedecer a estabelecida
nas sentenças judiciárias. Assim nenhum pagamento deve ser feito
desobedecendo-se a ordem estabelecida pelo tribunal, sob pena do gestor que o
autorizou responda por improbidade administrativa.
CASO ESPECÍFICO DE ILHÉUS
Além dos precatórios trabalhistas
existem outros cíveis decorrentes de processos de desapropriação, condenações
por responsabilidade civil, etc., que não são objeto das discussões ora
comentadas. Existem precatórios que vieram de gestões anteriores e outros que
se formaram na atual gestão e se formarão nas futuras. O volume de dívidas
municipais oriundas de precatórios em Ilhéus decorreu de condenações em
processos de estabilidade financeira, Decreto-Lei 180 e diferença de salário (vencimentos)
de cargos de confiança, que tiveram seus proventos diminuídos sem lei que o
autorizasse.
ESTABILIDADE FINANCEIRA
Durante meu primeiro período de
governo (1977/82) foi encaminhado à Câmara de Vereadores projeto de lei “que
conferia ao funcionário público estatutário, que ocupasse cargo de confiança
por CINCO ANOS consecutivos ou DEZ alternados, ESTABILIDADE FINANCEIRA”.
Exemplo: um funcionário estatutário que exercia o cargo de oficial
administrativo e fosse nomeado tesoureiro, ou secretário, exercendo tal cargo
por cinco anos consecutivos ou dez alternados, ao ser exonerado deste último
continuava a receber o salário (proventos) do cargo de confiança, embora
voltasse a exercer tarefas inerentes ao cargo de oficial administrativo.
O Decreto Lei 180 permitia ao
prefeito conceder adicional ao salário (proventos) até o percentual de 150% aos
ocupantes de cargos de confiança que trabalhassem em regime de dedicação
exclusiva e tempo integral. Exemplo: O Secretário de Saúde (médico que não
tinha outro emprego e que não clinicava particularmente), ficando inteiramente
à disposição do Município em jornada integral, ou qualquer outro ocupante de
cargo de confiança (professor que fosse nomeado diretor de estabelecimento de
ensino e apenas exercesse tal função) sem mesmo ensinar para o município,
estado, ou união.
CONGELAMENTO DE SALÁRIOS
(PROVENTOS)
O prefeito, através de decreto,
resolve congelar os salários (proventos) dos exercentes de cargos de confiança,
inclusive os seus. Saliente-se que qualquer aumento ou redução de salários só
pode ser efetuado através de lei.
Estes foram os principais fatos
geradores de um sem fim de reclamações trabalhistas que resultaram em
condenações e, consequentemente em precatórios.
A VERDADEIRA HISTÓRIA
Pouquíssimos servidores, até o
governo de João Lyrio, gozavam do privilégio da estabilidade financeira. Salvo
melhor juízo apenas João Fraga Melo, Gilvan Tavares e Paulo Goulart. Depois da
eleição de outubro de l982, quando me elegi prefeito, todos os celetistas que
exerciam cargos de confiança requereram a extensão do benefício da estabilidade
financeira e obtiveram deferimento do então prefeito. Quando assumi o mandato
em 1993 anulei por decreto tais concessões deste benefício. Todos ingressaram
na Justiça do Trabalho e obtiveram ganho de causa em todas as instâncias.
João Lyrio após o primeiro mês de
exercício do mandato resolveu congelar os salários dos cargos de confiança,
inclusive os próprios. No final do seu governo, já no mês de dezembro de 1992,
mandou calcular a diferença entre o que deveria receber sem o congelamento dos
salários e resolveu receber em processo especial. Salvo engano a diferença foi
em torno de CR$ 56.000,00, no que foi imitado por Jaziel Martins. Quando assumi
todos os demais exercentes de cargos de confiança ajuizaram reclamação
trabalhista e obtiveram ganho de causa em todas as instâncias.
Finalmente, grande parte dos
cargos de confiança no governo que me antecedeu receberam adicionais de 150%
sobre os proventos, sob alegação de exercerem tais cargos em regime de
dedicação exclusiva e tempo integral. Como tiveram seus salários (proventos)
congelados, reclamaram a diferença entre o efetivamente recebido e o que
deveriam receber sem o congelamento. Além da diferença simples a diferença
sobre o adicional de 150%, ganhando em todas as instâncias.
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO.
Tais atitudes tomadas pelo meu
sucedido visavam inviabilizar minha administração, pois o volume de recursos
que teria que pagar em face de seus atos administrativos seria de tal monta que
toda a arrecadação não seria suficiente para pagar a folha do funcionalismo e
as obrigações sociais. Ocorre que quando do trânsito em julgado das reclamações
e da formação dos precatórios eu já tinha deixado o governo. O FEITIÇO VIROU
CONTRA O FEITIÇEIRO.
Espero que o assunto esteja bem
esclarecido, entretanto coloco-me à disposição para qualquer outro
esclarecimento ou comparecer a qualquer instituição, pública ou privada, para
prestar qualquer explicação complementar. Pretendo com isto, de uma vez por
todas, demonstrar claramente quem é ou são os verdadeiros culpados pela
situação difícil que o município atravessa, relativamente a este item
(PRECATÓRIOS), sem falar nas perdas de PETROBRAS, BRASILGÁS, MOINHO, COELBA,
etc. Além der tais fatos Ilhéus perdeu parte de seu território (Califórnia
etc.,) em acordo realizado durante os governos de Ubaldo Dantas e Jabes
Ribeiro, ocasião em que, também permitiu-se que Itabuna fizesse captação de
água, para abastecimento da cidade, em Castelo Novo (especificamente no Rio do
Braço).
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